Portugal encontra-se acima da média observada em toda a União Europeia. Em 2020, os preços de venda das casas na UE aumentaram em média 5,5%.
O Eurostat foi mais longe e analisou que, na última década, as casas ficaram 28,6% mais caras na UE.
A mesma análise incidiu ainda sobre as rendas, que aumentaram 14,9% desde 2010, ou seja, foi um aumento menos expressivo do que o dos preços de venda.
Apesar da situação de pandemia, os preços do imobiliário no segmento residencial continuaram a apresentar um crescimento gradual, ao mesmo tempo que o número de imóveis disponível para venda aumentou 87,8%.
Há várias razões que justificam o facto de os preços das casas não terem caído, como um conjunto de políticas económicas e sociais que levaram a que se criasse uma almofada no mercado: lay-off, manutenção de postos de trabalho, manutenção de rendimentos, moratórias de crédito.
O aumento do crédito malparado será uma certeza e colocará em risco muitas empresas e famílias. Estas, ver-se-ão na obrigação de vender os seus imóveis ou os bancos terão de os executar. Isto levará a uma mais que inevitável queda de preços, dizem alguns.
O pós-Covid pode também trazer novidades, no perfil da procura, no planeamento das cidades, na adequação de projetos. E pode, claro está, trazer consigo uma quebra nos preços, o que será natural face aquilo que o mercado inclusive já estava a experimentar antes da pandemia.