Aumento recorde dos preços da eletricidade
O mês de agosto fechou com os preços mais caros de sempre nos mercados grossistas da eletricidade na Península Ibérica. O preço grossista da eletricidade na Península Ibérica quebrou mais um recorde, tendo atingido os 132,47 euros por megawatt hora (MWh).
As empresas começam já a sentir nas suas contas o aumento dos preços da energia. Ao jornal ECO, a Ancor, uma empresa de Vila do Conde, conta como viu o preço subir mais de 40% face ao anterior contrato de fornecimento.
“Foi uma subida brutal na fatura. No nosso caso são dezenas de milhares de euros a mais só no caso da energia elétrica. É um acréscimo à volta de 80 mil euros por ano, numa estimativa que fazemos com base no histórico. Mesmo assim, comprámos a energia relativamente barata, comparando com o custo que está neste momento”, contextualiza Francisco Correia, gerente da fabricante de cadernos e arquivos.
Uma pequena e média empresa que esteja agora a negociar um novo contrato com a duração de 12 meses arrisca-se a pagar mais 134%, estima Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial.
Enquanto as grandes empresas os preços recorde do mercado ibérico, a maior parte das PME portuguesas ainda estão a salvo, por terem contratos fixos que ainda não terminaram, explica o jornal especializado em economia.
Estas empresas estão agora a optar por contratos de maior duração. “Foi a primeira vez que fiz um contrato por mais de um ano”, até junho de 2023, confidenciou Francisco Correia. “A informação que tinha dos diversos operadores é que a energia ia continuar a subir, pelo menos, durante mais 12 meses”.
Ricardo Costa, CEO do grupo Bernardo da Costa e presidente da Associação Empresarial do Minho, antevê uma “subida preocupante” da fatura da energia, temendo mesmo “um cocktail que pode desencadear uma pequena crise económica”.
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