Numa sociedade na qual o consumo é visto como um valor, sente-se incluído quem adquire produtos e serviços. Bens que, muitas das vezes, não são essenciais, que são comprados fora do orçamento familiar, e por vezes recorrendo a crédito, portanto, que apenas atendem a uma demanda social. Para os pais tentar explicar aos filhos a diferença entre um desejo e uma necessidade, nem sempre é fácil. Mas é essencial!
É PRECISO ENSINAR A DIFERENÇA ENTRE UMA
NECESSIDADE E UM DESEJO. AMBOS PODEM
SER
REALIZADOS, MAS DE FORMA PLANEADA,
ORGANIZADA E NO TEMPO CERTO!
Como pais temos a responsabilidade de explicar aos miúdos que não somos o que consumimos. Mas sim o que realizamos, o que contribuímos socialmente, aquilo que melhoramos internamente como indivíduos, o que procuramos melhorar na nossa vida, na comunidade ao redor e no mundo, estas são as chaves para o sucesso e saúde financeira destes futuros adultos. Uma ferramenta para educar financeiramente as crianças no que se refere á forma como devemos gastar o dinheiro é: estabelecer metas e consciencializar a família como um todo. Um ponto muito importante é evitar a criação de metas excessivamente vagas e abstratas. As metas devem ser precisas e realistas. Isso significa dizer que devemos incluir valores, datas e prazos na construção dos objetivos que incluam as necessidades de toda a família, não apenas as dos pais. Um erro muito comum na hora de definir metas é estabelecer que todo o dinheiro que não está comprometido com despesas absolutamente vitais, deve ser economizado. Uma parte do orçamento familiar, e da mesada dos mais pequenos, deve destinar-se também á diversão e ao gasto imediato. Não esquecendo, como é obvio de estabelecer metas para a poupança, estimular as crianças a separar uma pequena parte da mesada para realizar seus objetivos a longo prazo, incentivando assim o hábito da poupança. No próximo artigo vamos falar de como ajudar os seus filhos a desenvolver competências financeiras
Fundadora do Projecto Trocar Por Miúdos – Educação Financeira